Empresa lança novos produtos e investe no mercado externo para diminuir efeitos da retração econômica
O ano de 2015 não está sendo fácil. Retração econômica, medidas austeras do governo, disparada do dólar. Os empresários tem sofrido, mas em vez de reclamar da situação, a Baggio Café, empresa centenária no cultivo dos grãos, tem é arregaçado as mangas.
Para a empresa, um dos melhores antídotos contra o período de baixa é a inovação. “Muitas empresas ficam desesperadas com as possíveis crises e cortam justamente o que oxigena, o que mantém viva uma corporação, que é justamente o seu potencial de inovar”, defende Liana Baggio Ometto, diretora comercial.
Nesse quesito, a Baggio vai muito bem, obrigada. A empresa foi apontada pela DOM Strategy Partners como uma das 50 empresas mais inovadoras do Brasil, segundo a revista Exame. O reconhecimento é fruto de constantes investimentos no lançamento de produtos realmente inovadores, como é o caso do café aromatizado de cachaça, batizado de Happy Hour. O produto – que é a cara do Brasil, unindo as duas bebidas mais típicas daqui – percorreu vários países em feiras que tinham o intuito de levar o melhor da gastronomia brasileira para o mundo.
Recentemente, a Baggio também se rendeu ao universo dos cafés em cápsulas. Esse segmento teve um crescimento de 46,5% no Brasil em 2013, de acordo com a consultoria Nielsen. Com o fim da patente da Nespresso, investir em cafés compatíveis com as máquinas da marca foi a melhor maneira de começar a galgar espaço nesse mercado. Mantendo seu espírito inovador, em breve a empresa anunciará seu primeiro café aromatizado nesse formato.
Se inovar é fundamental para continuar despertando o interesse do público, a busca por novos mercados também não pode ser deixada de lado. A própria história da Baggio reflete essa necessidade. Quando surgiu, em 2006, a empresa chamava-se Baggio Coffees e tinha como principal missão levar ao mundo os melhores grãos produzidos no Brasil. Com a crise internacional revelada em 2008, a empresa reviu seus planos e tornou-se Baggio Café, voltando seus esforços mais para o consumo interno.
De toda forma, as exportações nunca foram deixadas de lado. A empresa já mandou seus sabores para o Chile, Estados Unidos, Europa, China, Rússia e mais recentemente para o Japão. “Participamos de muitos eventos internacionais, sempre no intuito de encontrar bons parceiros comerciais para abrir mercados em outros países. Essa estratégia nos ajuda a manter a empresa sempre em operação. Estamos sempre na contramão das crises”, revela Liana.
Infelizmente, os períodos de tempestades e bonanças são uma realidade para os empresários. A grande diferença, segundo a Baggio Café, é a maneira como cada um lida com ela. “Em toda crise há sempre os setores que sofrem mais e os que sofrem menos, mas, de modo geral, todos acabam sofrendo. O que nos diferencia é a maneira como lidamos com elas. Somos cautelosos, cortamos custos, mas nunca perdemos a visão de longo prazo. Pensar que depois de toda tempestade vem a bonança é o que nos faz continuar trabalhando cada dia mais e melhor para crescer sempre!”, finaliza.